sábado, 25 de dezembro de 2010

Crônicas de Uma Nova Terra

Comecei a escrever algumas linhas sobre uma situação proposta na lição dos jovens, mas elas foram se estendendo até chegarem no que coloquei como título: Crônicas de uma Nova Terra.


Davi

A brisa forte soprava mais uma vez, despertando um jovem que dormia na relva. Era uma manhã de sol sem nuvens, clara e calma como há muito não houvera. Um grupo de pássaros cortava o céu enquanto uma família de patos se refrescava naquele brilhante lago onde se podia ver o reflexo da própria imagem como em um espelho.

Aquele rapaz já havia sido um rei, mas jamais havia visto tamanha beleza, nunca havia se sentido tão feliz, nem dormido tão bem. Esquecia-se dos momentos sombrios que o acompanharam; de seu filho que tentara tomar o trono e fora assassinado, outro filho que se apaixonara pela meia-irmã e foi morto por outro irmão... Mas ainda existia algo que o perturbava ainda mais: ele assinara uma ordem de morte a um de seus maiores amigos. No entanto, era ele quem merecia morrer, ele era o culpado. Um assassino! Embora longos dias, meses e anos se passassem, as conseqüências de seu erro ainda o assombravam. Os dias de glória que vivera enquanto era apenas um pastor de ovelhas, o futuro rei, ficaram escondidos e até pouco tempo pareciam esquecidos, como se estivessem perdidos em um imenso e empoeirado baú.
Davi sentou-se e encheu os pulmões de ar ao contemplar aquele cenário perfeito. Divertia-se ao ver um alegre cachorrinho disparar animado em direção a um grupo de ovelhas que pastava junto ao lago. Era um dia maravilhoso! Mas naquele momento, uma sombra surgia de uma colina à sua frente. Era um soldado, mas não estava vestido como qualquer soldado. A armadura brilhava como se possuísse luz própria, uma coroa cheia de diamantes figurava sobre o capacete, e uma capa branca com detalhes dourados caia-lhe por sobre os ombros. Um sentimento estranho surgia e começava a crescer e espalhar-se por todo o seu corpo. Não podia acreditar! Era ele! Levantou-se. O valente Urias caminhava em sua direção. Milhões de imagens passavam a uma incrível velocidade por sua mente. Nada do que conquistara, nem as gloriosas façanhas de seu reinado haviam sido maravilhosas, pois a injustiça que cometera maculava todas as áureas páginas de sua história. Quantas vezes havia desejado que o tempo voltasse, que um dia pudesse se sentir completamente perdoado, que aquele fardo fosse retirado e todo o passado fosse enterrado no mais profundo canto do oceano. Aquela era a oportunidade perfeita, não poderia deixá-la escapar.
Urias acenou com a mão e correu ao encontro de Davi como costumava correr ao reencontrar o grande amigo. Davi sentiu-se um tanto temeroso. "E se Urias ainda não soubesse que ele era o responsável por sua morte?" Ficou imóvel, incapaz de mover um músculo. Urias chegou com um enorme sorriso e preparou-se para dar um grande abraço, mas naquele mesmo instante Davi desabou. Chorava alto, como há muito tempo não havia chorado. Urias não conseguia entender o que ele falava. Ajoelhou-se, abraçou-o. Em meio às lagrimas Davi pediu perdão, mas Urias o interrompeu. Sim, ele já sabia tudo o que havia acontecido e já o havia perdoado! Sabia que fora traído pela pessoa que mais admirava! Ainda assim o amava. Percebia no coração do amigo um coração tão parecido o coração de Deus. Sabia o quanto ele estava arrependido pelo que fizera. Tudo que queria fazer era ajudá-lo a recuperar aquele sorriso brilhante e contagiante que havia se perdido.
Não sei por quanto tempo ficaram assim, mas não foi por muito tempo. Outra pessoa surgiu daquela mesma colina por onde Urias chegara. Um olhar míope ou desatento poderia dizer que era um anjo, mas não era. Aquele era um ser diferente não só porque possuía uma beleza singular e irradiava luz, mas porque tudo mudava em cada lugar por onde ele passava; a natureza parecia explodir de alegria, as pessoas sentiam-se felizes e amadas como elas nunca haviam sentido, toda dor desaparecia e o que era escuro tornava-se claro como uma manhã de verão. Davi e Urias sentiram que Ele estava perto. Era Jesus quem acabava de chegar.
A tristeza imediatamente cessara. Lentamente levantaram o rosto e viram a face dEle a sorrir. Suas mãos estavam estendidas, convidando-os a levantarem. Um sorriso discreto nascia no rosto deles, enquanto uma lágrima escorria vagarosamente pelo rosto de Davi. "Que ser maravilhoso! Eu não sou digno." Com uma de suas mãos tocou o rosto de Davi. Aquele toque tão suave fez aquela lágrima desaparecer. A sensação era fantástica! Toda a dor, angústia e sofrimento lentamente desapareciam. Já não sabia mais o que significavam. Esses sentimentos o deixavam para sempre! Por toda a sua existência eterna seria grato, seria livre, seria feliz.
Os dois se levantaram e deram um forte abraço em Jesus! Lentamente começaram a subir até se tornarem um pontinho no céu. Uma nova vida e uma nova Terra os esperava...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Eureka! Acompanhem...

Enfim reencontrei o link que procurava! Agora todos os adolescentes, jovens e adultos podem acompanhar semanalmente as histórias da bíblia.
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